Brasil adotou o padrão europeu de códigos de barras EAN / GS1. Saiba mais

FONTE: GLOBO CIÊNCIA

O consumidor está em uma livraria e encontra aquele livro que procurava há meses. A prateleira não indica seu preço, assim como a capa, ou qualquer outro elemento. Ao olhar ao redor, ele percebe uma pequena máquina e uma placa acima, na qual se lê "Consulte o preço aqui". Ao aproximar o código de barras do leitor ótico, surge na tela o valor do livro, além do seu título, nome do autor, editora, bem como outras informações. A máquina acessou esses dados em um grande registro, graças à identificação do código de barras do produto. No Brasil, o código de barras informa o país de origem, o tipo, o fabricante, além de outros dados do produto, veja foto abaixo (Foto: Divulgação/ Lucas Conrado).

291x218_codigo_de_barras_-_lucas_conrado O físico e engenheiro Geraldo Cernicchiaro, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), explica que o código de barras funciona de uma forma bem semelhante a outros códigos eletrônicos, por meio de um sistema chamado binário. Esse sistema codifica todas as informações por dois valores diferentes, que podem mudar de caso para caso.
Vamos pegar, por exemplo, o número 1. No código morse, esse número é representado por ponto, traço, traço, traço, traço. Os computadores caseiros funcionam por meio do código ASCII. Quando teclamos este dígito, ele é representado no computador por 0011 0001. "Enquanto o código morse utiliza pontos e traços e os códigos ASCII usam 0 e 1, o código de barras usa barras pretas e brancas", explica.

O branco é a reflexão de todas as cores, enquanto que o preto é a absorção das mesmas. Isso significa que, quando o laser bate na barra branca, ele é refletido para o sensor do leitor do código de barras. Quando bate na barra preta, toda luz é absorvida. A máquina decodifica essa série de reflexos e, seguindo o padrão pelo qual foi programada, é capaz de conseguir um código que diz a ela do que se trata.

Geraldo destaca que as máquinas de leitura de códigos de barra trabalham de forma interligada, o que facilita a vida dos comerciantes. "As máquinas registradoras se comunicam. Quando você vende um produto, a máquina já faz a contabilidade, lê o preço e atualiza o registro do estoque", comenta.

Padrões internacionais

Apesar de todos funcionarem com o mesmo princípio, os padrões de códigos de barra variam de acordo com o propósito e até o país onde foram criados. Os códigos utilizados em etiquetas de malas de aeroportos são diferentes daqueles usados em transporte de mercadorias para mercados, ou dessas para o consumo do público. Além disso, os códigos vistos em lojas dos Estados Unidos e Canadá não são os mesmos vistos no comércio da Europa e do Brasil.

"Os americanos usam o código UPC (sigla em inglês para padrão universal de códigos), enquanto que o resto do mundo segue o padrão europeu, chamado EAN / GS1", comenta Cernicchiaro. Apesar de seguirem uma lógica semelhante, cada padrão tem características próprias e até um número diferente de dígitos.

O padrão EAN, sigla em inglês para número de artigo europeu, foi criado em consenso pelos países da Europa. Adotado por grande parte do mundo, é composto por 13 dígitos que representam diversos aspectos do produto. Os três primeiros dígitos se referem ao país de origem. Os quatro seguintes se referem à empresa filiada à EAN. Em seguida, vêm cinco dígitos que caracterizam o código do número comercial dentro da empresa. O 13º dígito é o chamado verificador, utilizado em um cálculo para conferir se os outros números estão corretos. Veja mais detalhes sobre o código EAN 13 / GS1.

Já o Canadá e os Estados Unidos adotam o padrão UPC. Essa codificação tem 12 dígitos e não leva em consideração, por exemplo, o país onde o produto foi fabricado. O primeiro dígito representa a categoria do produto. Os cinco seguintes identificam o fabricante. Logo após, existem outros cinco que identificam o produto e o dígito final é o verificador. Não existe registro de país, pois ele só vale para empresas cadastradas nos Estados Unidos e no Canadá.

Se você precisa de um código de barras ou está com dificuldades de conseguir o número ou prefixo GS1 EAN para seu produto, entre em contato com o parceiro oficial da GS1 Brasil que pode lhe ajudar a conseguir esse número:

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